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Desvendando 3 Mitos Sobre Propriedade Que Bloqueiam Sua Vida Organizada

No início da minha jornada pelo minimalismo , percebi que, para viver uma vida organizada , eu precisava de uma auditoria de propriedade. Para me desfazer de coisas não utilizadas — e interromper seu fluxo constante — primeiro foi necessário um “exame completo dos meus motivos de acumulação”. Em suma, eu precisava entender por que eu possuía o que possuía. Mas a propriedade, como se vê, é um território obscuro. Se simplesmente comprássemos e guardássemos coisas por necessidade, sua nebulosidade diminuiria.  Graças às pressões e tendências sociais derivadas da publicidade, sem mencionar a facilidade dos botões "compre agora", analisar os "porquês" por trás de nossos hábitos de compra nem sempre é simples. Para finalmente organizar minha vida, eu precisava olhar mais profundamente. Então, comecei minha auditoria gentilmente , observando meu consumo de uma forma observadora, mas não julgadora. Considerei meu estado emocional, minhas aspirações e meus medos. ...

A Descoberta da Verdadeira Felicidade: Querer Menos, Viver Mais


Vivemos em um mundo onde o “mais” parece ser o mantra predominante. Mais dinheiro, mais conquistas, mais reconhecimento. Porém, a grande ironia da vida moderna é que, quanto mais corremos atrás, menos satisfeitos nos sentimos. O que acontece é que confundimos “ter” com “ser”, e isso nos coloca em um ciclo interminável de busca e insatisfação.

Hoje, quero convidá-lo a uma nova forma de pensar. Quero compartilhar um caminho que eu mesma trilhei — uma jornada de querer menos e, assim, encontrar a verdadeira felicidade.

A Armadilha do “Mais”

Desde cedo, somos programados para acreditar que a felicidade vem de conquistas. A sociedade nos ensina a medir nosso valor com base no quanto acumulamos, seja em bens materiais, reconhecimento ou experiências. No entanto, essa busca constante nos coloca em uma esteira hedônica: quanto mais conseguimos, mais nossos desejos aumentam.

Imagine que você finalmente compra algo que desejava muito — um carro novo, por exemplo. No início, há um entusiasmo, mas, em pouco tempo, aquilo perde o brilho. Você começa a pensar no próximo modelo, mais caro e sofisticado. Isso acontece porque nosso cérebro é projetado para retornar ao equilíbrio, ou homeostase, logo após a excitação inicial.

Não é errado querer coisas boas, mas o problema está em confundir felicidade com essa busca incessante.

O Que é a Felicidade?

Felicidade não é simplesmente um estado de espírito efêmero. Ela é composta por três pilares principais:

  1. Prazer: São as sensações boas que experimentamos no dia a dia, como saborear uma boa refeição ou ouvir uma música que nos inspira. O problema é que o prazer, por si só, não é suficiente. Ele evapora rapidamente se não o transformamos em algo mais profundo.
  2. Significado: É o senso de propósito que dá valor à nossa existência. Encontramos significado ao servir os outros, ao enfrentar desafios e ao superar dificuldades. Ele é o que nos conecta a algo maior do que nós mesmos.
  3. Satisfação: A sensação de realização após alcançar um objetivo. No entanto, a satisfação também é passageira e deve ser gerida com cuidado para evitar cair na armadilha de sempre querer mais.

Esses três elementos precisam estar em equilíbrio. Se focarmos apenas no prazer, ficamos vazios. Se nos concentrarmos apenas no significado, podemos nos sobrecarregar. E se dependermos exclusivamente da satisfação, nunca estaremos contentes por completo.

Sofrimento: O Caminho para o Significado

Embora ninguém deseje o sofrimento, ele é essencial para nosso crescimento. Pense em um momento desafiador da sua vida — talvez uma perda, um fracasso ou uma grande decepção. Agora, reflita sobre o que aprendeu com essa experiência.

O sofrimento nos força a desacelerar e nos confrontar com questões profundas. Ele nos faz perguntar: “Por que isso está acontecendo?” e “O que realmente importa para mim?” É através dessas perguntas que encontramos clareza e propósito.

Eu mesma passei por momentos de dor que, na época, pareciam insuportáveis. Hoje, olhando para trás, percebo que foram esses momentos que me moldaram. Eles me ensinaram lições que nenhuma conquista poderia ter proporcionado.

A Filosofia do Bloco de Jade

Durante uma viagem ao Museu Nacional do Palácio, em Taiwan, fui impactada por uma lição que transformou minha forma de enxergar a vida. Vi um bloco de jade bruto, ainda não esculpido, e aprendi que, na cultura oriental, a escultura já está presente dentro do bloco; o papel do artista é apenas remover o excesso.

A vida é exatamente assim. Muitas vezes, pensamos que precisamos adicionar mais coisas para nos sentirmos completos, mas, na verdade, o segredo está em remover o que é desnecessário.

Isso significa abandonar o que não contribui para nosso bem-estar: relacionamentos tóxicos, hábitos prejudiciais, expectativas irreais. Quando começamos a “esculpir” nossa vida, revelamos nosso verdadeiro eu.

Como Gerenciar Seus Desejos

Quero compartilhar uma fórmula que mudou minha vida:

Satisfação = O que você tem ÷ O que você deseja.

A maioria das pessoas tenta aumentar a satisfação acumulando mais coisas, mas isso só funciona temporariamente. O verdadeiro segredo está em reduzir o denominador — ou seja, em querer menos.

Certa vez, fiz um experimento simples. Criei uma “lista reversa de desejos”, onde, em vez de escrever tudo o que queria alcançar, escrevi tudo o que precisava desapegar. Esse exercício foi libertador. Ele me ajudou a perceber que muito do que eu achava que precisava era, na verdade, desnecessário.

A redução de desejos não significa renunciar a tudo. Pelo contrário, significa apreciar mais o que já temos.

Escolhendo Felicidade em Vez de Status

Uma das maiores armadilhas da vida é sacrificar a felicidade em troca de status ou reconhecimento. Quantas vezes trabalhamos horas extras, negligenciamos nossos entes queridos ou aceitamos compromissos exaustivos apenas para parecer “bem-sucedidos”?

Eu fiz isso por anos. Achava que, ao alcançar certo nível de reconhecimento, me sentiria completa. Mas a verdade é que cada novo degrau apenas criava mais expectativas.

A felicidade, descobri, não está em ser especial, mas em ser genuíno. Está em escolher momentos com a família, em cultivar amizades sinceras e em encontrar alegria nas pequenas coisas.

Minha Jornada pelo Caminho de Santiago

Para consolidar essas lições, decidi caminhar pelo Caminho de Santiago, na Espanha. Durante semanas, minha única tarefa era andar. Não havia distrações, apenas o som dos meus passos e a paisagem ao redor.

Esse tempo de simplicidade foi transformador. Ao remover as distrações da vida cotidiana, consegui ver as coisas com mais clareza. Descobri beleza em detalhes que antes passavam despercebidos — o céu estrelado, o som de um riacho, uma flor no meio do caminho.

Esse período de introspecção me ensinou que a verdadeira riqueza não está nas coisas materiais, mas na capacidade de apreciar o momento presente.

Um Convite à Reflexão

Hoje, quero fazer um convite para você. Tire um momento para refletir sobre sua vida. Quais são os blocos de jade que você ainda precisa esculpir? Quais desejos você pode desapegar?

Lembre-se: a felicidade não está em ter mais, mas em querer menos. Não está em conquistar, mas em apreciar.

Convido você a começar sua própria jornada. Não precisa ser algo grandioso. Talvez seja apenas um passeio no parque, um tempo longe das redes sociais ou um momento de gratidão pelo que você já tem.

Porque, no final das contas, a verdadeira felicidade é simples. Ela está no amor, no significado e na capacidade de enxergar beleza onde ninguém mais vê.

Que você encontre sua própria felicidade, não em querer mais, mas em descobrir que já tem tudo o que precisa.

Essa é a verdadeira arte de viver.

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